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170 anos de Emília freitas



Olá!

É com muita alegria que o Grupo de Pesquisa “Literatura Cearense Comparada”, coordenado pelo Prof. Dr. Charles Ribeiro Pinheiro, com apoio do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Ceará e da FUNCAP, convida a todas e a todos para participar do evento “170 anos de Emília Freitas”, no dia 10 de janeiro, de 15h às 18h, no auditório José Albano (Centro de Humanidades, no Campus do Benfica-UFC), com o objetivo de celebrar e discutir a produção poética, intelectual e ficcional de Emília Freitas.


O ano de 2025 marca os 170 anos de nascimento de Emília Freitas (1855-1908), uma escritora abolicionista, republicana e espírita que teve uma relevante produção intelectual e literária no Ceará, na segunda metade do século XIX e primeiros anos do século XX.


Em 1899, Freitas publicou sua obra mais significativa, "A Rainha do Ignoto", um romance denominado de psicológico que mescla elementos do fantástico e do gótico, considerado o primeiro romance fantástico e de ficção científica do Brasil. A trama aborda uma sociedade secreta liderada por uma figura enigmática, a Rainha do Ignoto, que luta pela justiça e pela emancipação feminina, subvertendo a concepção tradicional da mulher na literatura oitocentista.


Apesar de ter sido relegada ao esquecimento por décadas, Emília Freitas hoje é reconhecida como uma autora singular, cuja obra ficcional e poética recebe inúmeras pesquisas no meio acadêmico e um crescente interesse do público leitor de todo o Brasil.


Venham celebrar conosco!



Quando: 10/01/2025.

Horário: de 10h às 11h (on-line); de 15h às 18h (presencial).

Onde: Auditório Rachel de Queiroz –CH2 UFC (Campus Benfica, Fortaleza)

Vagas: 100.

Certificado: carga horária de 4 horas.

Evento: gratuito e aberto ao público.

Organização: Grupo de Pesquisa em Literatura Cearense Comparada-UFC

Programa de Pós-graduação em Letras da UFC



Programação – dia 10/01/2025



10h às 11h: Mesa - Experiências de leitura do romance A Rainha do Ignoto, de Emília Freitas (on-line)

  • Prof. Dr. Charles Ribeiro Pinheiro (UFC) Mediador

  • Profa. Ma. Jéssica Jainne (UERN) - Uma conversa sobre as experiências de leitura no romance a "Rainha do Ignoto" e a presença dos elementos regionais na obra da cearense Emília Freitas

 

Local: Auditório José Albano (CH1/Campus do Benfica).

 

14h30 – 15h: Credenciamento

 


15h – 15h15: Abertura do evento – Saudação à Emília Freitas

  • Orador: Prof. Dr. Charles Ribeiro Pinheiro (UFC)

 


15h15 – 15h40: Leitura dramática de A Rainha do Ignoto

  • Karine de Andrade Silva (graduanda em Letras-UFC)

 


15h45-18h: Mesa de debates – 170 anos de Emília Freitas – o legado de sua obra literária e intelectual

  • Profa. Ma. Maria Lilian Martins de Abreu (professora, jornalista-ALECE): "Emília Freitas: 170 anos de uma pioneira"

  • Profa. Ma. Carla Pereira de Castro (doutoranda em Letras-UFC): A poesia de Emília Freitas na literatura cearense do século XIX

  • Profa. Esp. Santa Paixão Ribeiro de Sousa (mestranda POSLA-UECE) - Estudo das narrativas de violência na obra A rainha do ignoto, de Emília Freitas, sob a perspectiva da análise de discurso crítica

 


EMENTA

Prof. Dr. Charles Ribeiro Pinheiro


‘Quem seria aquela mulher?’, pensava ele. Donde vinha? Para onde ia? [...] Mistério!


O ano de 2025 marca os 170 de nascimento de Emília Freitas (1855-1908), uma escritora abolicionista, republicana e espírita que teve uma relevante produção intelectual e literária no Ceará, na segunda metade do século XIX e primeiros anos do século XX. Ela residiu em Fortaleza, Belém e Manaus, publicou poemas em diversos periódicos e publicou o romance, A rainha do ignoto, em 1899, considerado o primeiro romance fantástico e de ficção científica do Brasil.


Emília Freitas, nascida em 1855 na antiga União, hoje Jaguaruana, no Ceará, destacou-se como romancista, poeta, jornalista e educadora brasileira. Após a morte do pai (o tenente-coronel Antônio José de Freitas), mudou-se com a mãe (Maria de Jesus Freitas) e a família para Fortaleza, onde recebeu educação em Francês, Inglês, Geografia, História e Aritmética, formando-se, posteriormente, como professora na Escola Normal. Sua carreira literária iniciou-se na década de 1870, com colaborações em diversos jornais literários do Ceará, como "Libertador", "Cearense" e "O Lyrio e a “A Brisa", além de publicações de poemas nos estados do Pará e no Amazonas. Grande parte desses poemas foi compilada no volume "Canções do Lar" (1891), classificada pela poetisa como “fragmentos de minha alma” e “partículas de minha triste vida”. Ela faleceu em 1908, em Manaus.


Emília Freitas atuou em um contexto sócio-histórico em que à mulher eram destinadas apenas as atividades privadas e domésticas. A partir da obtenção da educação, ela percorreu uma trajetória diferente. No início dos anos de 1880, Freitas já transitava em vários círculos na sociedade fortalezense, notória pela luta contra o fim da escravidão no estado, junto com outras escritoras, participou da "Sociedade das Cearenses Libertadoras".


Em 1899, Freitas publicou sua obra mais significativa, "A Rainha do Ignoto", um romance denominado de psicológico que mescla elementos do fantástico e do gótico, publicado pela Typographia Universal, em Fortaleza. A trama aborda uma sociedade secreta liderada por uma figura enigmática, a Rainha do Ignoto, que luta pela justiça e pela emancipação feminina, subvertendo a concepção tradicional da mulher na literatura oitocentista. A sua escrita desafiou as normas da época ao abordar temas como feminismo, o espiritismo, a parapsicologia, o abolicionismo, a utopia e a crítica social, utilizando elementos sobrenaturais para construir uma narrativa inovadora e repleta de simbolismo.


A professora e pesquisadora Constância Lima Duarte, a partir dos anos 2000, destacou a importância de Emília Freitas como uma figura esquecida e marginalizada pela historiografia literária tradicional. Duarte analisa A Rainha do Ignoto como uma obra que combina crítica social com um olhar utópico, refletindo sobre as dificuldades de transformar ideais em realidade. Ela também ressaltou a relevância de resgatar escritoras como Emília Freitas, que abriram caminhos importantes para a literatura brasileira, especialmente no que se refere à representação feminina.


Apesar de ter sido relegada ao esquecimento por décadas, Emília Freitas hoje é reconhecida como uma autora singular, cuja obra ficcional e poética recebe inúmeras pesquisas no meio acadêmico e um crescente interesse do público leitor de todo o Brasil.


Integrando o início das comemorações que celebram o aniversário da escritora, Grupo de Pesquisa “Literatura Cearense Comparada, coordenado pelo Prof. Dr. Charles Ribeiro Pinheiro, com apoio do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Ceará e da FUNCAP, promove o evento “170 anos de Emília Freitas” com o objetivo de celebrar e discutir a produção poética, intelectual e ficcional da escritora abolicionista e pioneira do fantástico e da ficção científica no Brasil.

 





 

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