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A identidade cultural na pós-modernidade - Stuart Hall,



"A identidade cultural na pós-modernidade", do pensador jamaicano Stuart Hall, é uma obra influente nas ciências humanas que aborda questões cruciais relacionadas ao conceito de identidade cultural em um mundo cada vez mais globalizado e marcado por velozes mudanças. Publicado pela primeira vez em 1992, o livro oferece uma análise crítica e profunda das transformações sociais, políticas e culturais que ocorreram no final do século XX e início do XXI.


Para Stuart Hall, a identidade cultural não é um conceito fixo e essencialista, mas sim uma construção social e histórica, portanto fluida e em constante transformação. Ele pondera que, na pós-modernidade, a ideia de que a identidade não seja determinada apenas por características biológicas ou essências intrínsecas, argumentando que ela é fortemente influenciada por fatores como raça, classe social, gênero, nacionalidade e experiências históricas.


Hall enfatiza a importância do contexto cultural e social na formação da identidade. Ele destaca que a identidade não é algo dado, mas construído através de processos discursivos, e práticas de representação dominantes presentes na sociedade. Ele destaca a existência de múltiplas identidades em um indivíduo, que podem ser contraditórias e fluidas. Também defende a ideia de que a identidade é construída através de processos de negociação dentro das complexas dinâmicas de poder e de dominação existentes em variados contextos sociais.


Além disso, Hall discute o impacto da globalização e da mídia na formação das identidades. Ele argumenta que, na era da comunicação global, as pessoas estão expostas a uma variedade de influências culturais e os meios de comunicação desempenham um papel significativo na disseminação de representações e estereótipos culturais que afetam a maneira como as pessoas se veem e são vistas pelos outros, tendo também, a capacidade de construir identidades híbridas e transculturais.


No livro, Stuart Hall também aborda temas como o multiculturalismo, a diáspora e a política da diferença. Ele questiona as noções tradicionais de identidade nacional e propõe uma visão mais aberta e pluralista, que reconheça e celebre a diversidade cultural.



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