O escritor Honoré de Balzac nasceu em França a 20 de maio de 1799, ele construiu o modelo do romancista como historiador dos costumes e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do Realismo e do Naturalismo.
Balzac não foi o primeiro romancista francês, antes dele houve Rabelais, Madame de Lafayette, Scarron, Maurivaux, Prévost, mas ao pensarmos em romance, nos vem logo à mente a imagem do autor d‟A Comédia Humana.
Ele é o precursor do romance como uma pintura da sociedade. Para muitos especialistas, Balzac criou esta tradição. Ele teve a ambição de manifestar diante dos olhos do leitor, pelos processos romanescos, o quadro de toda uma sociedade, com todas as classes que a compõem, os mecanismos e as leis que a regem. Pelo próprio projeto, A Comédia Humana, por seu gigantismo, por sua ambição de pensar a sociedade e as forças que a animam, Balzac obriga a crítica e os leitores a repensarem o gênero romance.
A Comédia humana é um compêndio sobre a vida capitalista ocidental no século XIX. Seu autor assistiu à ascensão burguesa e pintou um grande afresco da França, promovendo o cenário urbano à qualidade épica. A Comédia Humana é um conjunto de 90 romances que compõem uma ampla descrição da sociedade francesa do século XIX, tendo como modelo as ciências naturais de seu tempo. Esse projeto monumental contempla temas fundamentais, como a nova ordem política e econômica, como o dinheiro e o desejo de ascensão social, além de criar uma técnica que consiste na circulação das personagens pelos diferentes livros desse mosaico romanesco. Esse processo se deu em vinte anos, entre as décadas de 1830 e 1840.
A intensa esforço que se concretizou n‟A Comédia Humana, fez Balzac revolucionar o romance de seu século e de transformar a sociedade francesa em seu grande personagem.
Trecho da dissertação: Rodolfo Teófilo: a construção de um romancista, 2011.
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