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Gustave Flaubert - A Educação Sentimental


Depois de Madame Bovary, o maior romance do escritor Gustave Flaubert (1821-1880) é A Educação Sentimental, publicado em 1869.


A história nos apresenta o jovem estudante de direito, Fréderic Moreau, que em uma viagem de barco, em 1840, encontra Madame Arnoux, esposa de um editor dum jornal de grande circulação, Jacques Arnoux. Eles trocam conversas e olhares. Para Frédéric, é amor à primeira vista. Este encontro o marcou profundamente. A partir daí, o projeto do protagonista é conquistar o amor de Marie Arnoux. Ele se aproxima do marido e do seu círculo social e começa a frequntar a sede da revista Arte Industrial. Porém, Frédéric Moreau, primeiro terá que se resignar a voltar a viver na província, junto com a sua família, por causa da precariedade de sua situação. Depois, ele recebe uma herança inesperada, que lhe permitiu voltar a viver em Paris. Mesmo mantendo um amor ‘romântico’ pela Sr.ª Arnoux, tem um affair com Rosanette e com a Sr.ª Dambbreuse, esposa de um banqueiro oportunista. Concomitantemente, o seu amigo de faculdade, Deslauriers, procura persuadi-lo a abrir um jornal político. Enquanto tenta cativar Sr.ª Arnoux, passa por variadas conturbações políticas, sociais e financeiras, oriundas da Revolução de 1848 e do Segundo Império, na França.


Inspirado na juventude de Flaubert, Educação Sentimental é um romance inovador: o autor encena um anti-herói, um Frédéric Moreau que tenta encontrar seu lugar na sociedade francesa, e desconstrói os códigos do romance de aprendizagem. O romance está enraizado nas rupturas e mudanças políticas francesas, ao longo da metade do século XIX, como a Monarquia de Julho e, depois, a Segunda República, entre 1848 e 1851. Um romance imperdível.


Trecho extraído e modificado da tese Rodolfo Teófilo polemista: a crítica polêmica como glorificação literária (2019), por Charles Ribeiro Pinheiro.

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