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Luzia-Homem de Domingos Olímpio



Domingos Olímpio, autor de Luzia-homem, romance que se apresenta como um dos grandes clássicos da literatura do chamado “ciclo das secas”


O livro Luzia-homem, do jornalista e escritor cearense Domingos Olímpio (1850-1906), foi uma das últimas obras do Naturalismo (1903) e tornou-se um dos maiores clássicos do “ciclo das secas”. Conhecendo a fundo a realidade do Sertão, o autor de Luzia-homem a retratou com objetividade. Esse romance tem como personagem central Luzia que, aparentemente masculinizada, para melhor suportar a adversidade do meio físico, não perde a sua condição feminina.


Luzia-homem é um exemplo de romance naturalista regionalista, passado no interior do Ceará, nos fins de 1878, durante uma calamitosa seca. Em uma das mais belas cenas da história, a personagem francesa Paul, ao ver Luzia pela primeira vez, exclama “Passou por mim uma mulher extraordinária, carregando uma parede na cabeça. Era Luzia, conduzindo

para a obra, arrumados sobre uma tábua, cinquenta tijolos”.


No romance, Luzia integra um grupo de retirantes, e sua figura forte e personalidade marcante (por isso o apelido Luzia--homem) logo atraem a atenção dos homens que disputam o amor da heroína. O antagonista da historia é Crapiúna, mau soldado, excessivamente sensual e sem senso de moralidade.


Domingos Olímpio esboça, nesta obra, a teoria determinista e darwinista para justificar a ideia que move o enredo de Luzia-homem, segundo a qual o meio ambiente condiciona

todos os seres, deixando sobreviver apenas os mais fortes.

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