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Máximo Górki - A Mãe



Esse romance de Máximo Gorki é uns dos precursores do realismo socialista e se inspira na manifestação do “1º de maio” de 1902, em Sormovo, e o julgamento dos seus participantes.


"A Mãe" (1906) descreve o desenvolvimento psicológico e político de uma mãe, Pélagué Nilovna Vlasova, em contato com o filho Pavel e seus camaradas revolucionários, em um subúrbio industrial da Rússia pré-revolucionária.


Nesse contexto russo, no começo do século XX, Pélagué era inicialmente uma mulher sem educação e sem personalidade, que trabalhava sem perspectiva de mudança, e vivia, acima de tudo, com medo de ser espancada pelo marido alcoólatra.


Após ficar viúva, Pélagué começou a temer pela segurança do jovem filho, que transformou a sua casa em ponto de encontro de dissidentes e socialistas, críticos ao governo czarista.

Com rigor e profundidade, Gorki mostra, em uma inversão simbólica de papéis, como um filho ajuda sua mãe a encontrar seu lugar no mundo, mostrando-lhe o caminho para sair do círculo limitado de ansiedades e resignações que ela sempre conheceu, após 20 anos de humilhações e violência.


A princípio, ela ficou assustada com a ideias perigosas do filho, que não entendia, ideias repletas de paixão e de ideais de emancipação política. Acompanhando as discussões políticas e leitura de livros, pouco a pouco, desperta nela a consciência da injustiça vivida pelos trabalhadores da sociedade czarista.


Quando Pavel é preso pela primeira vez, a mãe se encarrega de continuar a distribuição clandestina de panfletos ao pessoal da fábrica onde Pavel trabalha, a fim de salvar o filho da prisão.


Em um segundo momento, Pavel é preso novamente após organizar a manifestação de 1º de maio, e a mães não o abandona e organiza várias manifestações ao seu favor.


O vínculo intenso entre Pélagué e Pavel, unidos pelos valores da justiça e da verdade, está no centro desta epopeia humana para a qual o povo contribuiu fornecendo figuras de um heroísmo simples e cotidiano, que destemidamente se rebelam contra os poderes de opressão e desigualdade.


Um clássico da literatura que expressa a força da conscientização sociopolítica.




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