Em 24 de maio de 1883, há 140 anos, Fortaleza declarava o fim da escravidão na cidade, cinco anos antes da Lei Áurea, e o quadro “Fortaleza liberta”, do pintor cearense José Irineu de Sousa, representa a solenidade de libertação dos cativos na capital cearense, no salão nobre da Assembleia Provincial. O quadro hoje pertence ao acervo do Museu do Ceará.
Segundo o relato do historiador Raimundo Girão:
“A grande sessão de 24 de maio de 1883, na sala do plenário da Assembleia, teve como dirigente máximo o comendador António Teodorico da Costa, Vice-presidente da Província. Compunham a mesa os ardorosos libertadores dr. Gonçalo de Lagos Bastos Vieira, comendador António Pinto Nogueira, Acióli, Dr. Frederico Augusto Borges e João Cordeiro.
FORTALEZA LIBERTA, em moldura artística e rica, mede 2,65m x 2,65m e com ela desejou José Irineu reproduzir e perpetuar a magna sessão em que se declarou a liberdade total dos escravos da capital cearense, realizada em 24 de maio de 1883 no salão nobre do Paço do Legislativo. Seis meses gastou o artista para terminá-la, trazendo para as tintas o ambiente festivo daquela comemoração e as figuras mais destacadas da vida pública e social da cidade, que ali estiveram presentes.”
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