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Aniversário Rodolfo Teófilo



6 de maio, é aniversário do grande escritor cearense, Rodolfo Teófilo, nascido em 1853.

Baiano por acidente e cearense de coração, farmacêutico e literato, Rodolfo Teófilo (1853-1932) foi uma figura de intensa atuação política e cultural durante a passagem do século XIX ao XX no Ceará. Intelectual engajado, foi um ferrenho opositor da oligarquia Accioly (1896-1912); além de denunciar o descaso do governo em relação às secas, participou ativamente da campanha abolicionista (1881-1883) e, contrariando os seus opositores, conseguiu erradicar a varíola do estado do Ceará (1900-1907). A singularidade do naturalismo literário de Rodolfo Teófilo acentua-se através da presença constante da "cor local", cujo objetivo era fotografar a nossa época, os costumes, índole e civilização do nosso povo. O seu romance de estreia é A fome (1890), que narra, com um estilo cru e dantesco, os flagelos assustadores, acontecidos durante a grande seca de 1877-78. Rodolfo Teófilo subtitulou o livro como "cenas da seca do Ceará" e é considerado um dos textos mais fortes da literatura brasileira. O livro é eivado de descrições cruas e exageradamente cientificistas dos retirantes agonizando e morrendo devido à fome e à epidemia de varíola que assolou a capital cearense. Foi na década de 1890, que Rodolfo Teófilo participou da famosa Padaria Espiritual, da qual foi o seu último padeiro-mor (presidente). Por meio dessa agremiação literária, o farmacêutico publicou a maior parte de seus romances mais destacados: Os Brilhantes (1895), Maria Rita (1897), Violação (1898) e O paroara (1899). Rodolfo Teófilo tentou representar fidedignamente os problemas sociais, políticos e ecológicos do Ceará e do nordeste de sua época em suas obras literárias.

Pintura por Otacílio de Azevedo.


"O Ceará é uma terra condenada mais pela tirania dos governos do que pela inclemência da natureza”. Rodolfo Teófilo. In: A seca de 1915, p. 31, 1919.



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