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Rodolfo Teófilo - A Sedição do Juazeiro



Aproveitando a ocasião do aniversário de Padre Cícero, personagem importante e histórico do Ceará e do Brasil, com destaque na política e na religião, que ajudou a moldar a cultura e a sociedade cearense, indico uma obra do escritor Rodolfo Teófilo


Desde adolescente, fui um entusiasta da história e da cultura do Ceará. Descobri Rodolfo Teófilo ao pesquisar a controversa história de Padre Cícero (1844-1834) e me deparei com o seu polêmico livro: A sedição de Juazeiro (1922).


Pesquisando mais, constatei que o referido escritor não foi apenas um observador passivo de importantes acontecimentos da história cearense, ele também documentou, narrou, analisou e interpretou esses graves fatos de que participou.


Resumidamente: a Sedição de Juazeiro foi revolta armada, de conotações políticas e religiosas, coordenada pelos líderes políticos Padre Cícero e Floro Bartolomeu contra o Governador Franco Rabelo e as forças federais, em 1914.


Como Rodolfo Teófilo era contra a Nogueira Accioly e pró-Franco Rabelo, as suas críticas a Padre Cícero, Floro Bartolomeu e os combatentes de Juazeiro são parciais, contundentes e acaloradas, e que também realiza em seu texto uma análise cientificista dos jagunços, sertanejos, incluindo até o fenômeno do cangaço.


No prefácio de A Sedição do Juazeiro intitulado “Aos Pósteros”, Teófilo escreve:


“Deus permitiu que eu chegasse à velhice para ver a luta fratricida em minha terra, luta que o governo da República não teria promovido, se outro fosse o seu modo de sentir, de pensar, e tivesse uma noção precisa de seus deveres, de suas obrigações para com os outros homens, de suas responsabilidades como Chefe de Nação.”


É uma obra escrita no calor do momento, e mesmo não sendo de um historiador professional, a obra serve como documentação e importante registro do conflito.


Um documento e uma perspectiva do personagem Padre Cícero pelo famoso farmacêutico e escritor cearense.


TEÓFILO, Rodolfo. A Sedição do Juazeiro: crimes do Governo da República). Ceará: editora: Terra de Sol; 1969. 1ª edição de 1915.




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