O livro Os meus Zoilos, de 1924, única obra de crítica e de polêmica de Rodolfo Teófilo, foi o meu objeto de pesquisa da tese Rodolfo Teófilo Polemista: A Crítica Polêmica Como Estratégia De Glorificação Literária. Em diversas revistas e periódicos, Rodolfo Teófilo polemizou contra Adolfo Caminha, José Veríssimo, Rodrigues de Carvalho, Gomes de Matos, Osório Duque Estrada e Meton de Alencar, textos posteriormente reunidos no presente livro. O livro de polêmica nasce, pois, segundo o autor: “nas horas vagas escrevo sonetos e contos e por desfastio às vezes aponto as parvoíces literárias de romancistas pulhas” (1924, p. 74).
O termo ‘zoilo’, bastante usado em Portugal, refere-se a pessoas que praticam e fazem juízos amargos e depreciativos acerca da obra literária de um escritor. Mas qual a origem do termo?
Zoilo (Zoilus, Ζωΐλος; 400-320 a.C.) foi um gramático, filosofo sofista grego, da cidade de Anfípolis, (atualmente na Macedônia). Foi o primeiro crítico conhecido de Homero, em que tentava desqualificar seus poemas Ilíada e Odisseia. Por sua truculência, foi alcunhado de “Homeromastix” – o chicoteador de Homero. Com o passar do tempo, a reputação dele fora colocada em descrédito e, por metonímia, o passou a ser usado para designar um crítico rancoroso e maligno.
Rodolfo Teófilo utiliza o termo zoilo para se referir aos seus detratores e críticos de sua produção literária.
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